EBS do Vale do Âncora ::: Projeto Eureka ::: Ciências Experimentais no 1CEB

Durante o primeiro período do corrente ano letivo, decorreu na EBS do Vale do Âncora o Projeto Eureka, coordenado pela professora Jovina Domingues, tendo sido envolvidas as turmas VA4A (prof. Marília Rodrigues) e VA4B (Prof. António Garrido), ambas da EBS do Vale do Âncora, e A34 (Prof. Rosa Laura Cerqueira), da EB1 de Lage, Âncora. O Projeto Eureka, em implementação no nosso Agrupamento há já vários anos, tem como objetivo principal promover, junto dos nossos alunos, o gosto pelo conhecimento científico e a realização de atividades experimentais como forma de produção desse conhecimento.
Após um momento inicial de reconhecimento do laboratório e das suas regras de utilização, os alunos foram convidados a visitarem a horta pedagógica da escola e a observarem as espécies vegetais e animais aí presentes.

Entre as várias observações e registos realizados, mereceram destaque as folhas de um pequeno limoeiro, as quais se apresentavam manchadas, muito amarrotadas e com pequenos pontos negros que foram observados com maior detalhe utilizando a lupa. A professora Jovina explicou que se tratava de uma praga, a "Psila Africana", que estava a atacar sobretudo os limoeiros, laranjeiras, tangerineiras e toranjeiras, tendo chegado já a muitos concelhos do nosso país.

A partir de algumas folhas recolhidas e já no laboratório, deu-se início a uma observação amplificada pela lupa binocular. Foi, assim, possível observar a psila africana dos citrinos, cuja presença foi observada pela 1.ª vez em 1994, na Ilha de Porto Santo (Madeira), e em 2002, nas Canárias, Espanha. Só em 2014 foi identificada na Europa Continental, registando-se o seu aparecimento na região do Porto, em janeiro de 2015, e em Esmoriz, em novembro do mesmo ano.
Desde aí, a sua propagação na região litoral norte tem sido constante. A presença de insetos adultos, incide no período de abril a dezembro, atingindo o seu pico de atuação nos meses de julho e agosto. O inseto em causa com cerca de 4 mm, apresenta cor verde-claro na fase de emergência passando a castanho escuro e atua como picador-sugador. As plantas infestadas apresentam as folhas distorcidas e amareladas, com galhas abertas, causando significativos estragos diretos. No ciclo biológico do inseto, cada fêmea pode produzir 2000 ovos ao longo de cerca de 30 dias de vida. As ninfas provenientes dos ovos, fixam-se no verso das folhas dos rebentos, alimentando-se de seiva, injetando em simultâneo toxinas na planta, sendo estas picadas as causadoras da deformação. As alterações climáticas e a globalização, levam a que os nossos ecossistemas agrários estejam em constante alteração, levando por vezes a difíceis reequilíbrios.
Após a fase inicial de deteção e interpretação do problema, a fase seguinte do projeto levará os alunos a procurarem soluções, numa busca sempre marcada pela defesa do ambiente e pela sustentabilidade.

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